quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

são pescadores

o chegar do saco



crónicas da xávega (128)


são pescadores

há quem deixe nome
obra e fama
herança quanto baste

há quem nada deixe
porque nada foi
no tanto de ter sido

oferecem o corpo
ao mar
vestem-se de vento
e areia

perdem-se à noite
por onde mais
ninguém senão eles

são ninguém
são gente
são pescadores

(torreira; companha do marco; 2009)

o chegar do saco

http://ahcravo.com/2016/01/27/cronicas-da-xavega-128/

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