segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ti antónio neto


o mar em fundo, sempre



crónicas da xávega (138)


ti antónio neto

escrevo mar memória
cansaço vida morte
conto o tempo
os dias onde já não

sei ti antónio
que já partiu

tarefa pesada esta
de carregar certos dias
como se menos um

recordo então os rostos
dos que partiram
vejo-os sorrir de novo
reinvento o tempo
um tempo de sol e mar
o nosso tempo

revejo-o  ti antónio

(torreira; companha do marco; 2009)

http://ahcravo.com/2016/02/29/cronicas-da-xavega-138/

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