domingo, 16 de outubro de 2016

recuso ser de férias

lentamente a rede é carregada na zorra

crónicas da xávega (181)


recuso ser de férias

é tempo de olhar
de sentir tudo

o regresso cada dia mais
improvável
é também ele nebuloso

fui
no tempo que passou
espectador atento e preocupado

recuso ser de férias

sou
a impossibilidade de ser mais
sendo menos

fica a memória a pairar na praia
longe

(torreira; companha do marco; 2016)

https://ahcravo.com/2016/10/16/cronicas-da-xavega-181/

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