domingo, 20 de novembro de 2016

Viajo, viajo...





Tamanho contentamento embala meus sentidos, pois viajar é preciso.
Embarco, então, sem tempo pra retornar, despressurizo toda tensão, calibro-me noutros reinos e camaradas encontro em mim mesmo.

Viajo, viajo, sem ter o que despachar, sem nada levar.
Vejo paisagens a colorir meus pensamentos, faço amores
e chego às alturas sem a saudade inoportuna.

Depois, meu corpo esfria carregado pelas correntezas de um rio,
de repente, num gemido nada contido, corro prum espaço inabitável, um desejo incontrolável me permito sentir e navego por horas dentro de mim.


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