domingo, 19 de fevereiro de 2012

Dos Bardos

É pensante, mas sóbrio poeta insurgente
Daqueles que anseiam tirar poesia de tudo...
Menos do que o toca no absoluto profundo
Pois nele, o mesmo, é extremamente faltante.

Precisos são seus pontos, vírgulas e aspas
Às vezes palavras ásperas que consternam o humilde
Notória sincronia com o público que aclama
Forca em praça pública com linchamento e chamas.

O bardo é liberdade, Ícaro que deu certo
Sem normalidade, sem torto e sem reto
Eqüidistante do mundo mora no cerne da alma
E com doação e calma, conquista os sinceros.

Mas há poeta que grita abraçado ao berrante
Só vê perfeição nos seus soberbos espelhos
Pois Narciso é conciso e sem siso é errante.
Cai por terra, dúbio, e vê-se de joelhos.

André Anlub


Imagem: web

2 comentários: