sexta-feira, 13 de abril de 2012

No silêncio do nada

Escrever é expressão, é dar pressão e se exceder
É no viver... Levar o mesmo com mais emoção
Aos que temem a caneta...
Que fiquem imbuídos de lançar a flecha
E terão a certeza de acertar, pelo menos, um coração.

Os pensamentos são mutáveis
Assim como a inspiração.
Variam conforme o dia, o clima
Moldam-se de acordo com o humor
Com a razão e a dor.

Por isso, ninguém jamais poderá mudar a escrita
Ela, por si só, já é mutante
Isso que a torna sempre viva
E deveras interessante.

O renascer a cada segundo...
Faz-nos pensar em coisas novas, novos temas
Migramos de um ser com o âmago quase moribundo
Para aquele que ilumina com sons, artes e poemas.

Faço essas anotações em um domingo na madrugada
Flagro-me escrevendo com os olhos quase fechando
Sob a luz da cabeceira
Dentro do silêncio do nada.

André Anlub


Imagem: web

3 comentários:

  1. André, para o poeta não existe o nada. Para o poeta existe um mundo de possibilidades.
    Um abraço.

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  2. Afinal, quem é o "mesmo"? É aquele igual a algo que não foi dito? A escrita é ela mesma, segue o ritmo do tempo do poeta.

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  3. Grato aos dois pelas palavras e leitura! Amplexos

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