segunda-feira, 22 de outubro de 2012

INSANO




Quase uma miragem que se faz palpável, melhor, se quer fazer.
Através de uma vidraça embaçada de um coração cheio de espaços à serem preenchidos,
amarra-se o sol a linha do horizonte para que não se ponha
Tamborila-se qualquer superfície falando em morse, em morte, buscando o norte.
Dizer? o que se me falha a fala?
Chorar? o que se me pego desértico?
Um folhetim exibido as 22 00 é mais inteligível.
Tangível me acho, mas me perco também.
Sou como uma crosta que pode remover-se ou proteger.
Ou como a ferida que se cura ou deixa-se doer.
O futuro conspira brumas que entorpecem a alma não mais resistente,
tornou-se repelente de qualquer coisa que tenha eixo.
Um beijo amargo.
Uma divisa tênue como o fio da teia que bambeia ao menor vestígio de suspiro.
 Quero-me resiliente, porque descontente já nasci.
Padecer confesso que padeci.
Sofri dores que arbitrei sentir.
Nunca me vi obrigado a nada, se mergulho é porque escolhi esse mar.
A vida nunca sentenciou-me a nada, tudo eu o decidi.
A hora de se dizer verdades vem e se aproxima em velocidade incontrolável.
O volátil se condensará.
O liquido solidificara, e o solido assim ficará.
Pão e circo não mas haverá.
Ao que for de choro, choro e
ao que for de amor, o amor fluirá.
E nada será noticiado, nada será avisado, apenas ocorrerá.
Insano?
Depende apenas de mim.

Um comentário:

  1. Vengo del blog de Lindas Frases de Maria Catherine Ravello y me ha encantado tu Rincón; por lo cual, si no te importa me gustaría ser Seguidor de tan bello Espacio, lleno de Magia, Sensaciones y Fantasía.
    Un abrazo.

    ResponderExcluir