Capítulo 11 - O sorriso da cachorra
O Cinema São Luiz
O cinema era magia de
todos, mas não era este o caso, e sim a desculpa. Desculpa para que eles
pudessem se encontrar e não serem vistos por ninguém, já que entrariam
separados e se encontrariam lá dentro.
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O CINEMA SÃO
LUIZ datava da época de seus avós, mas continuava no mesmo lugar, ou seja, na
Rua do Comércio, em frente à Lobras – lojas brasileiras S.A. Do seu lado
esquerdo ficava o antigo ponto central, um antigo e tradicional Café em frente
do qual havia alguns bancos. Ali se encontravam os galistas alagoanos para
conversar nos finais de tardes. O cinema tinha uma grande porta de vidro
central e de cada lado uma bilheteria. Ao passar pela “borboleta”, ficava logo
após um espaçoso salão de espera com carpete escuro e com poltronas vermelhas
nas laterais, sobre as quais cartazes de filmes que estreariam “em breve nesta
sala”. No final do salão, do lado direito, havia uma bomboniere, e logo após uma escadaria de quatro degraus, largos,
quase da largura do salão. Do lado esquerdo havia uma entrada com três degraus
que levava à sala de cinema. Do lado direito, duas entradas; a primeira levava
ao mezanino que ficava sobre o final da sala de cinema, o que oferecia uma
visão melhor do filme. Ao lado dela, uma outra entrada, que também dava para a
sala de cinema, encontrando-se o mesmo salão da primeira entrada à esquerda.
Era um grande salão de cinema, no final do corredor e do lado esquerdo, e bem
embaixo da tela de projeção ficavam as saídas e os banheiros.
André a esperou já com os bilhetes na mão. Patrícia
chegou, e estava de calça branca e blusa escura. Ele entregou discretamente o
bilhete a ela e entraram, seguindo pela primeira entrada da sala e indo para o
mezanino, e sentaram na última fila do lado esquerdo. Ela não quis que ele
comprasse nada na bomboniere.
Sentados, olharam-se com tremenda felicidade, aguardando o apagar das luzes.
Ele a abraçou e a beijou, acariciando seu rosto e seus cabelos, beijando seu
pescoço, seu rosto e seus seios sobre a roupa. Entre beijos e abraços, se
tocavam loucamente. Ele tocava seu ventre e seus seios rígidos, apalpava suas
coxas e seu sexo que, de tão estimulado, umedecia sua calça. Era tamanha a
excitação que ele sentiu la petite mort, num sussurro baixo, mas
vibrante. Ela tremia e ele temia por também atingir o orgasmo. Por fim
tiveram que assistir outra seção, para que, se indagados sobre o filme,
soubessem responder.
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