o insuportável peso da palha
estão no início e no fim
que à terra volta o que da terra veio
com ela se confundem desde sempre
são o seu rosto o seu corpo vivo
o tempo rasgou-lhes na face
os sulcos onde semeou ternura
e amor
pelas coisas simples
água terra fogo
amam tudo
que natural é assim ser
o milho os animais o chão
amam-se
entre luz e sombra
repartem o dia
porém
tudo iluminam
quando sorriem
são ainda a fala da terra
(condeixa; eira pedrinha)
http://ahcravo.wordpress.com/2014/01/25/a-fala-da-terra/
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