um fim de tarde no chegado
eu e ninguém
uma multidão dentro de mim
sentires feitos palavras
reconstruindo silêncios
repensando tempos
esperando
eu e ninguém
somos muitos
condenados a vencer um dia
a saber esperar a aprender a não
eu e ninguém
sabemos que somos muitos
antes e depois
os bastantes para sermos um dia
eu e ninguém
somos muitos
habitamos um tempo para além do tempo
somos o tempo que se constrói dentro do tempo
condenados estamos
a vencer um dia
a vencer
(murtosa; chegado)
http://ahcravo.wordpress.com/2014/05/27/a-ria-e/
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