domingo, 29 de junho de 2014

a agulha

o ti augusto segura o nó da corda que prende a calima ao fundo do saco 


crónicas da xávega (14)


a agulha


desfazer nós
metáforas baratas de falsos consensos
acender uma vela
por pequena que seja
ver e mostrar
saber e dizer

sem pretensões de longe
sem ilusões de muito
falar e dizer
porque calar
é consentir
sabedoria de povo
quantas vezes calado

fina e diminuta a agulha
a picadela

isso tão só

(torreira; companha do marco; jun, 2014)

http://ahcravo.wordpress.com/2014/06/29/cronicas-da-xavega-14/

Nenhum comentário:

Postar um comentário