domingo, 15 de maio de 2016

só esses


a companha é assim, todos dão um pouco e é muito




crónicas da xávega (160)


só esses


vêm da terra as vozes
que não ouvimos
o termos nela raízes
é o silêncio de sermos
sem necessidade de alarido

escrevo nós
e não é o pronome que ouço
são os laços
tão fortes e tão frágeis
que o tempo romperá a seu tempo

não precipites os dias a haver
vítima serás
se carrasco quiseres ser

abraço quem me abraça
escreveu o poeta
eu também

só esses

(torreira; companha do marco; 2015)

https://ahcravo.com/2016/05/15/cronicas-da-xavega-160/

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